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Artrose no Ombro

A artrose no ombro já foi descrita em 1977 pelo médico e estudioso das lesões na região Charles Neer – considerado o papa do ombro, como a lesão da artropatia do manguito rotador, ou artrose decorrente da falta do manguito rotador.
A artrose no ombro é uma condição degenerativa das articulações do ombro, caracterizada pelo desgaste progressivo da cartilagem que reveste as superfícies ósseas. Isso pode resultar em dor, rigidez, inflamação e redução da amplitude de movimento.
A lesão no manguito rotador, e por consequência a sua falta, pode contribuir para o desenvolvimento da artrose no ombro.
O manguito rotador é formado por quatro músculos no ombro que recobrem a cabeça do úmero na parte anterior, superior, posterior e que mantêm uma estabilidade da articulação, funcionando como seu eixo.

Ausência do Manguito Rotador

Lesões traumáticas, degenerativas e rupturas podem levar à falta do manguito rotador.
Especialmente em pacientes acima de 60 anos, devido ao envelhecimento e perda da massa muscular global, como observado na sarcopenia e osteoporose, os tendões do manguito rotador por serem muito finos, acabam arrebentando.
Pela falta desses músculos, o componente biomecânico do ombro acaba desaparecendo e acontece a lesão de cartilagem da cabeça do úmero, junto com a escápula.
A superfície da articulação da escápula se chama glenóide. Então, a cabeça do úmero e a glenóide acabam perdendo a cartilagem pela falta da rotação e do movimento adequados denominado movimentação concêntrica, e não, excêntrica.

Diagnóstico e Tratamento

As mudanças vistas na radiografia da posição da cabeça do úmero na articulação, como a subluxação superior e a pela articulação não ficar concêntrica, significa que a cabeça do úmero não está mais no centro da articulação e sim posterior, superior, inferior ou anterior.
É um dos diagnósticos iniciais associado à parte clínica com muita dor, dificuldade de levantar o braço e, principalmente, dor noturna.
A dor no ombro no período noturno, ao dormir, é bastante característica pela posição e pela falta do manguito rotador que evolui com artrose no ombro e o desgaste dessa cartilagem.
Hoje com o advento de uma prótese reversa, há possibilidade da melhora da dor clinicamente.
O manguito rotador não volta, mas ela consegue fazer o poder biomecânico da articulação novamente, trazendo um movimento e a harmonia de mobilidade com pouca força, ou pelo menos, manter o paciente acima de 65 a 70 anos com um movimento bom do ombro, quase normal.
A funcionalidade do ombro volta para movimentos casuais, como pentear o cabelo, comer sozinho, trocar de roupa… Mas, infelizmente, faltará a força do ombro pela falta dos músculos.
Referência Bibliográfica: Rotator Cuff Arthropathy: A Comprehensive Review – http://www.jhsgo.org/